Episódio 13:
Uma Amizade Surreal (parte 02)

Olá, pessoal! Eu sou Liliane Walls, acho que vocês já me conhecem, e eu tenho que dizer que essa minha viagem pro Egito está fantástica! Eu estou me divertindo tanto e também finalmente tive a chance de conhecer melhor o tal do Bóris. Ele é tudo de bom! É muito simpático e inteligente, e é tão bonito também!! Mas será que ele daria atenção para uma adolescente quase adulta como eu?

Eu acho que o meu irmãozinho ta gostando da viagem também, mas do jeito chato dele! Ele não desgruda daquelas porcarias de livros, acho que  já leu aquele ali umas mil vezes.

Já que eu estou em um lugar completamente exclusivo, vou aproveitar e comprar algumas roupas e acessórios! Minhas amigas vão ficar doidas quando virem a máquina fotográfica que  estou comprando.

Já estava escurecendo, quando eu recebo uma ligação do meu pai. Ele estava desesperado dizendo que a minha mãe desmaiou e ele estava tentando pedir ajuda há horas, mas ninguém atendia, nem mesmo os números de emergência. Ele pediu para eu chamar uma ambulância e ir com ela até a Pirâmide dos Céus!
Um tempo depois nós chegamos naquele monumento lindo, tudo era um sonho! Fora o fato de a minha mãe estar passando mal. Os paramédicos a colocaram na ambulância e fomos ao hospital. O pai disse que precisava ficar, mas não explicou o porquê e disse para eu telefonar assim que tivesse notícias.

Olá! Da última vez que nos vimos, Meadow e eu estávamos em apuros, e ela ainda está,  então acho que devo algumas explicações. Eu estava em chamas no final do nosso último encontro, mas isto não foi um problema, consegui apagá-las rapidamente com um dos chuveiros enlatados que comprei.

O verdadeiro problema foi encontrar Meadow desmaiada na porta da pirâmide, ela estava mal de verdade. Eu entrei em pânico, pois o sol havia a afetado sério e eu não sabia o que fazer para ajudar. Agachei-me ao lado dela e coloquei sua cabeça sobre minhas pernas; falei com ela, tentei acordá-la, mas tudo em vão, Meadow continuava estática como antes. Resolvi tirar minha camiseta e molhá-la na fonte ao lado, em seguida coloquei-a sobre a testa dela e fui tentar abrir a porta da pirâmide.

Até que a porta se abriu facilmente, mas conseguir sinal para o celular é que não foi fácil. Fiz várias ligações para inúmeras pessoas e nada, nem  911 atendia! Então resolvi voltar à pirâmide e colocar Meadow dentro da barraca que eu comprei para viagem, ela precisava de um lugar mais confortável para repousar. Fiquei algumas horas deitado ao lado dela e fui tentar pedir ajuda novamente, dessa vez atenderam! Quando voltei, ela já estava acordada, ou pelo menos meio acordada. Ela dizia se sentir muito mal e perguntou o que faríamos para sair daqui, respondi que a ajuda já estava a caminho. E foi aqui que a Liliane chegou com a ambulância!
Após ela ser levada, retornei às explorações. Se eu voltasse do Egito sem a bendita jóia, eu estaria perdido! Por sorte, encontrei-a após explorar algumas arcas do andar de baixo da pirâmide. Também encontrei algo muito curioso: um vaso carnópico!

O resto da viagem foi uma loucura: os médicos declararam Meadow morta devido ao seu sangue frio (sorte que eles não perceberam que ela é uma vampira) e Liliane chorou durante horas! Eu fui o mais rápido possível ao hospital e chegando lá encontrei as duas sentadas em um banco da portaria dando risadas. Meadow disse que colocá-la no necrotério foi a melhor solução possível, pois ela conseguiu descansar na solidão daquela sala sombria e se recuperar do “efeito sol”.
Quando chegamos em casa todos estavam contentes com a viagem, eles me disseram que realmente valeu a pena. Meadow também já estava de bom-humor e pediu desculpas pela briga, disse que o sol a deixou muito mal-humorada e ela acabou exagerando. E sobre os tesouros da viagem, nós guardamos em uma bela arca de pedra que Liliane comprou lá em Al SimHara.

No dia seguinte, Thomas e eu fomos ao laboratório entregar a jóia. No caminho, passei a ele as instruções do que dizer as outras pessoas sobra Martinha caso ela fosse morar conosco:
-Querido, hoje iremos dar vida à Martinha, OK?
-Eba!! Vai ser hoje então, papai? Que ótimo!
-Sim, será agora mesmo. Mas eu vou precisar que você diga aos outros, caso perguntem é claro, que ela foi adotada e agora é sua irmã. Entendeu?
- Sim! Mas até para Lili e pro Tio Bóris?
-Sim, para todos eles. E deixa que eu explico tudo para mamãe. Pronto. Chegamos, vamos lá?
-Vamos!!!!!

Coloquei o meu jaleco de laboratório e entramos. Thomas entregou a pedra  ao Mateus, esperou alguns minutos do lado de fora e Mateus e eu terminamos a poção. Ele disse que entraria em contato com os superiores e disse para nós dois irmos diretamente para casa   testar a poção. Ele também falou para filmarmos o experimento e mandarmos um e-mail  assim que terminarmos.
Assim que chegamos em casa, Thommy deu a poção à Martinha e tudo começou, aqui segue o resultado:

Ela  havia se tornado uma humana perfeita!  Tudo estava bom demais para ser verdade!

Contei à Meadow sobre Martinha e ela não acreditou muito na história. Depois de insistir muito e mostrar a ela a garota se transformando na forma de boneca,  acabou entendo e aceitando.

Tudo estava realmente bom demais, porém a nossa sorte mudou quando o meu parceiro recebeu o e-mail: ele mostrou os resultados ao governador e este mandou seus “homens de preto” particulares vir falar comigo. Eles chegaram na mesma tarde em que minha mais nova filha se tornou real e me disseram:
- Senhor, precisamos levar a garota!
Eu tentei protegê-la dizendo para deixá-la comigo, usei todos os argumentos possíveis, fiz tudo o que podia, mas eles acabaram a levando. Os meus olhos se encheram de água ao vê-la entrando  no carro deles! E o pior de tudo: Thomas assistiu à cena toda pela janela! Sinceramente, esses homens partiram o meu coração! Como é que eles puderam tirar a garota assim de mim?   Como  eles puderam roubar a melhor amiga do meu filho? Tudo isso porque eu não tinha uma droga de documento que comprovasse a adoção?! Pelo menos a garota será entregue a uma família e passará por um procedimento confidencial para se esquecer de tudo.