
Sophia
está no laboratório com Vladimir, quando Ramon entra:
- Sophia, vamos. Um corpo foi achado no Parque dos Elefantes.
Sophia: Mulher, branca, não mais do que 25 anos, sem sinais
de luta ou lesões, nenhuma roupa rasgada...
Ramon: Com certeza não foi assalto, pois a carteira está com
todos os documentos e 20 simoleons.
Sophia: Alguma identidade?
Ramon: Luciana Teixeira, 21 anos.
Sophia: Mais alguma informação?
Ramon: Não, nada útil. Sem cartões de crédito, cheque com baixo
limite... Esta mocinha não era de muitas posses.
Sophia: Bom, vamos levar o corpo para Vladimir analisar. Talvez
ela conte mais coisas a ele...

No
laboratório...
Ramon: Qual a causa da morte?
Vlad: Interessante... Parada cardíaca.
Sophia: Puxa, uma mulher tão jovem e saudável, como poderia
ter morrido assim? Algum sinal de patologia?
Vlad: Não, nenhuma. Verifiquei glicose, colesterol, ácido úrico...
Tudo normal. Ela devia se cuidar, pois a saúde estava muito boa.
Ramon: Qual o horário do óbito?
Vlad: Recente. Não mais do que 6 horas.
Ramon: Qual a última refeição?
Vlad: Pouca coisa. Apenas uma geléia. Compota de amoras, mais
precisamente.
Sophia: Algum sinal de violência sexual?
Vlad: Encontrei esperma no corpo, mas a relação sexual foi
consensual. Também encontrei cabelos que não batem com os da vítima.
Vou analisar o DNA. Por enquanto, tirei apenas as digitais para vocês
passarem no CODE.

Na
sala de Ramon...
Ramon: Muito estranho...
Sophia: Será que ela estava passeando no parque, viu alguma
coisa que a assustou e teve a parada cardíaca?
Ramon: Veja isso, Sophia: o RG da carteira dizia que a vítima
se chamava Luciana Teixeira. Mas, segundo as impressões do CODE, na
verdade o nome dela é Rosângela Almeida, 17 anos!
Sophia: 17 anos? Desenvolvida a menina, heim? O pai e a mãe
faleceram no ano passado, em um acidente de carro. Ela não tem ninguém...
Um RG falso, com idade maior, só pode significar uma coisa: seja lá
o que esta menina estava fazendo, era coisa de adulto, por isso precisava
se passar por mais velha.
Ramon: Vamos voltar ao parque e ver se a cena do crime nos
conta mais alguma coisa...

De
volta ao parque...
Sophia: Veja, Ramon, encontrei um frasco, com compota de amora.
Provavelmente a mesma ingerida pela vítima.
Ramon: Ótimo trabalho, Sophia! Vamos levar ao laboratório e
ver se encontramos impressões digitais nele.

No
laboratório...
Vlad: Vocês não vão acreditar! Apesar de já estar fora da geladeira
há algum tempo, analisei uma amostra da compota deste vidro. Ela estava
contaminada com cianureto.
Ramon: Então não foi uma parada cardíaca, foi envenenamento!
Vlad: Exatamente! O cianureto é um veneno poderosíssimo, que
mata sem deixar vestígios, acusando apenas uma parada cardíaca na
autópsia.
Sophia: Teria sido suicídio? Afinal, ela era sozinha, poderia
estar tentando tirar a própria vida...

Vlad:
Acho que não. Encontrei, além das digitais dela no frasco, mais outras
duas. Tomei a liberdade de passa-las no CODE. Uma delas não foi encontrada.
A segunda digital pertence a Rodrigo Bastos, garçom na lanchonete
Johnny's, de propriedade da senhora Zilda Sanchez.
Ramon: Nossa, Vladimir, que eficiência! Laura anda sendo generosa
com você, heim?
Vlad: É... Não posso negar que o meu charme, aliado ao fogo
dela, provoca muitas explosões!
Sophia: Quais os antecedentes do Rodrigo?
Vlad: Furto de roupas de loja de bacanas, coisa pequena.

Na
lanchonete...
Ramon: Senhor Rodrigo Teixeira?
Rodrigo: Pois não.
Ramon: Meu nome é Ramon e esta é Sophia, do Laboratório de
Crimes de Sim City.
Rodrigo: Crime?
Sophia: Você conhece esta moça?
Rodrigo: Conheço, é a Luana, ela trabalha aqui. Ela deve chegar
logo, pois o turno dela começa em 15 minutos.
Ramon: Começava, Rodrigo. O nome dela é Rosângela Almeida e
ela foi assassinada.
Rodrigo: Assassinada!? Como assim?
Sophia: Ela foi encontrada no Parque dos Elefantes, nesta manhã.
Você tem idéia de quem poderia ter feito isso a ela?
Rodrigo: Não, claro que não!
Ramon: Luana? Por que esse nome - Luana? Você sabia o nome
verdadeiro dela?
Rodrigo: Bom, o pessoal aqui chamava ela de Luana mesmo. Eu
sabia o nome dela sim, mas ela me disse para não contar a ninguém.
Sophia: Contar o quê?

Rodrigo:
Que os pais tinham morrido em um acidente de carro.
Ramon: Você sabia da idade verdadeira dela?
Rodrigo: Sim. Quando ela veio para cá, no ano passado, ela
tirou uma identidade falsa, para conseguir emprego mais fácil.
Ramon: A sua identidade também é falsa?
Rodrigo: Não, claro que não!
Sophia: Quando foi a última vez que você falou com a ela?

Rodrigo: Ontem à noite, depois do expediente, por volta de
10 da noite.
Ramon: Você deu um vidro de compota de amoras a ela?
Rodrigo: Sim, eu dei.
Sophia: Você sabia que a compota estava envenenada?
Rodrigo: Não, claro que não! Se não eu não teria dado a ela!
Sophia: Onde você comprou a compota?
Rodrigo: Na verdade eu ganhei...
Ramon: De quem?

Neste
momento, a dona da lanchonete entra...
Zilda: Rodrigo, o que você está fazendo aqui!?
Ramon: A senhora seria...
Zilda: Zilda Sanchez, dona desta lanchonete. O que está acontecendo,
Rodrigo?
Sophia: Nós somos do Laboratório de Crimes de Sim City e estamos
aqui para investigar o assassinato da sua funcionária Rosângela Almeida,
conhecida como Luana.
Zilda: Assassinato? Rosângela? Eu sabia que aquela vagabundinha
escondia alguma coisa...
Ramon: Vagabundinha? Bom, pelo jeito a senhora não tinha um
bom relacionamento com ela...
Zilda: No trabalho não tenho do que me queixar, mas ela vivia
dando em cima do meu marido.
Sophia: Por acaso o seu marido é Almir Sanchez, dono da companhia
Sanchez Petrolífera?
Zilda: Correto. Sabe como é, a menina veio de fora, arrumou
emprego aqui, viu que o meu marido é rico, boa pinta... Os cifrões
logo saltaram dos olhos, né?
Ramon: A senhora sabia do passado dela?
Zilda: Passado, que passado? Ela era uma qualquer, sem ninguém,
chegou aqui de mala e cuia, pedindo pelo amor de Deus por um emprego.
Eu nem estava precisando, mas meu marido achou que ela poderia ser
útil.

Ramon:
A senhora sabia que ela tinha apenas 17 anos?
Zilda: 17, é? Não, não sabia, pois no contrato trabalhista
dela, ela me apresentou todos os dados e no RG dela não estava esta
idade. Não me lembro agora quanto era, mas eu não emprego ninguém
menor de 18 anos.
Sophia: Onde a senhora estava ontem, por volta da meia-noite?
Zilda: Com o meu marido, em casa, por quê? Tenho alguma coisa
a ver com isso?
Ramon: Senhora Zilda, a sua funcionária tinha RG
falso, e foi encontrada morta no Parque do Elefantes, envenenada por
uma compota de amoras. No frasco foram encontradas 3 digitais: uma
era dela, outra do seu funcionário Rodrigo e uma terceira que nós
não conseguimos identificar.

Zilda:
Rodrigo!? O que você andou fazendo?
Rodrigo: Eu, né?
Zilda: O que você quer dizer com isso?
Rodrigo: Eu acho que a senhora sabe muito bem...
Sophia: Crianças, não temos tempo para isso! Senhora Zilda, a senhora
poderia nos fornecer as suas impressões digitais e nos deixar dar
uma olhada aqui na lanchonete?
Zilda: Vocês não precisam de um mandado para isso?
Ramon: Tudo bem, a gente consegue um. Ah, só mais uma coisa
senhora Zilda: o seu marido pode confirmar o seu álibi?
Zilda: Claro que pode!

No
caminho da casa da família Sanchez, Sophia e Ramon foram conversando:
Sophia: Estranho isso... Por que a família Sanchez, podre de
rica, teria uma lanchonete?
Ramon: E o susto dessa Zilda, quando viu o tal Rodrigo? Parecia
que tinha visto um fantasma!
Sophia: E a discussão pela compota de amoras?
Ramon: Sinistra! Engraçado que ninguém tem a cor do cabelo
encontrado na vítima.
Sophia: Vamos ver se o senhor Almir Sanchez nos esclarece mais
alguma coisa...

Ramon:
Senhor Sanchez? Eu sou Ramon e esta é Sophia, do Laboratório de Crimes
de Sim City.
(Sophia sussurra para Ramón: "Olha a cor do cabelo dele...")
Almir: De onde? Eu ouvi bem? Crime?
Sophia: Isso mesmo, senhor Sanchez.
Ramon: O senhor conhece Rosângela Almeida?
Almir: Quem? Não, nunca ouvi falar desse nome...
Sophia: Luana, soa melhor para o senhor?
Almir: Sim, ela trabalha na lanchonete da minha esposa.
Ramon: Ela foi assassinada na noite passada, senhor Sanchez.
Almir: Cruz credo! Assassinada? Por quem?
Sophia: É isso que estamos tentando descobrir.
Almir: Puxa, uma moça tão boazinha! Farei de tudo para cooperar!
Sophia: Que bom, senhor Sanchez! Mas, parece que a sua esposa
não a achava tão boazinha assim...
Almir: Zilda é muito ciumenta... Vê coisas onde não existe!
Ramon: O senhor sabia que a identidade de Luana era falsa?

Almir:
Falsa? Não... Puxa, a gente se engana com as pessoas, heim?
Sophia: Por que uma família tão rica, que vive da exploração
de petróleo, tem uma lanchonete?
Almir: Sabe, a Zilda gosta muito de cozinhar. E ela, se não
se ocupa com alguma coisa, fica chata... Pega no meu pé! Então, eu
DEI a ela essa lanchonete, assim ela arrumava o que fazer e não me
atrapalhava nos negócios...
Ramon: Senhor Sanchez, onde o senhor estava ontem, por volta
da meia-noite?
Almir: Estava em casa.
Sophia: Com a sua esposa?
Almir:
Sim. Ela chegou um pouco antes de mim. É... Acho que foi isso: ela
chegou umas onze e meia e eu cheguei pouco depois da meia-noite.
Sophia: Senhor Sanchez, podemos pegar uma amostra do seu cabelo?
Almir: Claro, mas por quê?
Ramon: Foi achado cabelo na vítima, e bate com a cor dos seus.
Queremos saber se o senhor esteve com ela ontem.
Almir: Bom, eu a vi sim. O meu escritório é ao lado da lanchonete,
e eu me lembro de ter conversado com ela ontem.
Ramon: E ela estava bem? Que horário foi isso?
Almir: Acho que eram 10 da noite. E ela estava bem, ou parecia
estar.
Sophia: Tudo bem, senhor Sanchez, muito obrigada pela sua cooperação.
Se precisarmos de mais alguma informação, voltaremos a lhe procurar.
Almir: Sim, estarei à disposição.

No
laboratório...
Vlad: Bom, pessoal, analisei a amostra do esperma encontrado
da vítima e temos uma combinação: Rodrigo Bastos.
Sophia: Então ele teve relações com Luana antes dela ser morta?
Será que eles são mais do que amigos?
Ramon: Provavelmente. Acho que precisamos voltar na lanchonete
e conversar melhor com ele, pois a tal Zilda nos interrompeu bem no
momento em que ele ia nos dizer quem lhe deu a compota envenenada.
Essa é a chave da questão. Mais alguma coisa, Vlad?
Vlad: Várias! Bom, o DNA do cabelo não tem registro no CODE,
então não pude fazer nada.
Sophia: Mas nós temos uma amostra para você fazer uma comparação.
É do senhor Almir Sanchez.
Vlad: Essa gente é bem excêntrica mesmo! Vejam isso: fiz uma
pesquisa e vejam só o faturamento da Johnny's Lanches, da senhora
Zilda...
Ramon: Barbaridade! Não sabia que ter uma lanchonete dava tanto
dinheiro assim...

Vlad:
Na verdade, acho que eles deveriam mudar o nome dessa lanchonete,
para Drive-in. Repare quem mais investiu dinheiro lá...
Sophia: São empresas da indústria pornográfica!
Ramon: Estou começando a desconfiar que esta lanchonete é usada
como laranja para a filmagem e comercialização de vídeos pornô e não
apenas como passatempo para a senhora Zilda Sanchez.
Sophia: Zilda ou Almir devem ter descoberto Rosângela, sabiam
que ela não tinha passado, então ficou fácil darem a ela uma nova
identidade e com idade maior, pois com 17 anos para não serem acusados
de corrupção de menores! Assim surgiu Luciana Teixeira, codinome Luana!
Ramon: E pelo jeito Rodrigo também atuava nesses filmes. Mas,
quem poderia ter matado Luana?
Sophia: Definitivamente precisamos voltar na lanchonete e falar
com Rodrigo.

Na
lanchonete...
Ramon: Está fechada.
Sophia: A esta hora? Impossível!
Ramon: Rodrigo, abra! Polícia de Sim City!

Sophia,
olhando pela janela, grita: "Ramon, tem um corpo estendido no chão!".
Eles arrombam a porta.
Ramon: É Rodrigo e ele está morto.

Sophia:
Achei esta garrafa. Acho que ele morreu da mesma forma que Luana
No
laboratório...
Vlad: O cabelo encontrado na vítima combina com a amostra que
vocês trouxeram do senhor Sanchez.
Sophia: Até aí tudo bem, ele já disse que esteve com a vítima
mesmo...
Vlad: O problema não é ter estado com ela, mas sim como esteve
com ela...
Ramon: O que você quer dizer, Vlad?
Vlad: Estava olhando o corpo novamente, e encontrei mais cabelos
que combinam com os do senhor Sanchez na região pubiana da vítima.
Sophia: Então não era encucação de Zilda. Almir estava mesmo
tendo um caso com Luana.

Ramon:
E sobre Rodrigo, o que você tem a dizer?
Vlad: A mesma morte de Luana: cianureto. Na garrafa estão as
mesmas impressões digitais da compota, que não constam no CODE. Mas
só esta garrafa estava contaminada. As demais da máquina, estavam
perfeitas, sem nenhum sinal de violação dos lacres.
Sophia: Então quem envenenou Rodrigo já deu a garrafa aberta,
com o cianureto dentro. Mas como ele aceitaria essa bebida, sabendo
que Luana já havia morrido desta forma?
Ramon: Talvez ele não soubesse que colocaram algo na bebida.
Talvez pensou que estivesse sozinho. Bom, de qualquer forma, isto
já é suficiente para obtermos o mandado para a busca na casa e no
escritório dos Sanchez.

No
escritório da Sanchez Petrolífera...
Ramon: Está fechado, não tem ninguém.
Sophia: Não tem problema, estamos com o mandado.

Os
C.S.I.s arrombam a porta, entram no escritório e começam a vasculhar.
Sophia: Veja só, Ramon, mais recibos das companhias pornográficas...

Ramon:
E esta porta, onde vai dar?
Sophia: Está bem trancada...
Ramon: Afaste-se!
(Ramón dá tiros para estourar os cadeados)

Sophia:
Nossa, aqui é um estúdio de gravação.
Ramon: Tem uma fita aqui na câmera. Vamos assistir.

A
fita mostra cenas de Rodrigo com Luana, algumas horas antes da morte
dela.
E o Sr. Sanchez aparece dirigindo o filme.

Sophia:
Espere, tem outra fita aqui também.
Nesta fita os C.S.I.s vêem cenas de Luana com o senhor Almir Sanchez.
Ramon: Vamos até a casa deles.

Chegando
na casa, são surpreendidos com Almir e Zilda fugindo. Eles são presos
e levados para a central do C.S.I. para um interrogatório. Ainda na
casa, Ramon encontra outra fita de vídeo, mas desta vez quem está
na cena é Zilda com Rodrigo. Além disso, Ramon encontra um vidro que
contem cianureto.

Ramon:
Nem todo o alvejante do mundo será capaz de limpar essa imundice toda!
Podem começar a falar agora!
Sophia: A senhora sabia dos filmes?
Zilda: Descobri há pouco tempo. Fiquei louca por ser usada
daquela forma! Dei o troco nele e fiz um vídeo com o Rodrigo, para
deixar Almir com ciúmes. Ele estava apaixonado por ela! Quando a conheceu,
providenciou toda a papelada para criar uma nova vida para ela, com
idade maior, para poder atuar nos filmes.
Sophia: Foi por isso que a senhora a matou?
Zilda: Não, eu não ia matar ela... O Rodrigo começou a me chantagear,
querendo dinheiro, ou ia contar o nosso caso para o Almir. Era nele
que eu queria dar um fim.
Sophia: Mas o Almir já não tinha visto o vídeo?
Zilda: Não! Eu desisti de mostrar porque me lembrei de uma
cláusula do nosso contrato pré-nupcial, onde eu perderia tudo se tivesse
um caso. Eu ia usar a fita dele para ficar com todo o dinheiro. Mas
Rodrigo estava atrapalhando tudo!

Sophia:
Então a senhora deu a compota para o Rodrigo? Zilda: Exato! Mas eu
não podia imaginar que ele iria dar a compota para ela. Eu sabia que
eles saiam juntos e até achava que essa história da chantagem foi
idéia dela, mas isso não estava nos planos.
Sophia: Como não deu certo, a senhora tentou novamente, colocando
cianureto na bebida dele.
Zilda: Não! Eu juro que foi uma só vez que fiz isso! Não fui
eu quem matou o Rodrigo!
Ramon: Senhor Almir Sanchez, recaptulando, já sabemos que foi
o senhor que arrumou a identidade falsa para Luana e quem patrocina
os filmes para depois vende-los para os distribuidores do ramo. Também
sabemos do seu caso com a garota e sua mulher confessou ter colocado
cianureto na compota e ter dado para Rodrigo que, por azar, deu a
compota envenenada para Luana. Agora só está faltando o senhor dizer
porque matou Rodrigo.
Almir: Eu? E quem disse que fui eu? Se a Zilda já tentou mata-lo
uma vez, por que não tentaria na segunda?

Ramon:
Por que encontramos apenas um vidro de cianureto, e estava no seu
guarda-roupas, com as suas digitais e de mais ninguém.
Almir: Ah, sei... Ela achou que só eu ia ficar sem o meu playground?
Quero ver ela encontrar outro bonitão que aceite ficar com uma velhaca
pobretona! Pois ela não vai ficar com um tostão meu!
Ramon: E nem o senhor vai ficar com um tostão também, pois
pelos crimes que cometeu, ficará muitos e muitos anos na prisão.
Almir: Só porque eu matei aquele João-Ninguém? Ah, pelo amor
de Deus, eu fiz um favor para a humanidade! Ele era tão burro, mas
tão burro, que nem percebeu quando eu entrei na lanchonete e coloquei
o troço na bebida dele. E aquela vagabundinha também não valia nada,
só pra passar o tempo mesmo. Naquela noite eu a levei para casa. Deixei
no parque, para que os vizinhos não a vissem comigo. Ela tava meio
estranha, mas achei que ela tivesse fumado umas. Mesmo assim, corri
para pedir ajuda, mas quando cheguei ela já não respirava mais. Eu
ia fazer o quê? Deixar que descobrissem a menina e a minha mulher
ficar com tudo! Nem morto!
Sophia:
Senhora Zilda Sanchez, a senhora está presa pelo assassinato de Rosângela
Almeida.
Ramon: Senhor Almir Sanchez, o senhor está preso por falsificação
e uso de documentos, falsidade ideológica, corrupção de menores, ocultação
de cadáver e o assassinato de Rodrigo Bastos.
Enquanto
existirem os C.S.I.s os criminosos em Sim City não terão
a menor chance de sairem impunes!