Entre Amigas
Capítulo 31 - 3ª Temporada
Cristina: Diego, essa é a Débora, que falei pra você, que colocou seu nome no trabalho.
Diego: Ah, bacana.
Cristina: Débora, esse é o meu irmão Diego.
Pára tudo! Esse cara é irmão da Cristina? Como assim?
Bom, deixa pra lá... O importante é que não é namorado!
Mas ai... Justo agora o gato foi comer a minha língua?
Fala alguma coisa, abestada!
Débora: O-oi.
Diego: E aí, beleza? Obrigado por colocar meu nome no trabalho. Quebrou mó galhão.
Débora: Ah...
Caramba! “Ah”? É só isso que eu tenho a dizer?
Esse cara lindo ta aí parado na sua frente, ta todo mundo te olhando, com uma baita inveja dele estar falando com VOCÊ, e não com as outras vagabas da escola e a única coisa que você tem a dizer é “o-oi” e “ah”?
Flava alguma coisa, pelo amor de Deus!!!!
Débora: Você ta gostando do colé...
E o sinal tocou!
Ah, fala sério, só pode ser macumba!!!
Novidade: aula de química.
Professor novo. E, pra nosso azar, era gato.
Não deu pra não pensar em quanto tempo ele iria durar, até a Gláucia colocar as garras nele.
Mais um que vai pro saco...
Ô vida cruel!
Cristina: Puxa, gato esse professor, heim?
Hello-o! Gato é o seu irmão, minha filha!
Débora: É, pois é...
Nicholas: Olá, pessoal meu nome é Nicholas e eu sou o professor de química de vocês. Sei que vocês nunca tiveram essa matéria antes, e que a primeira vista ela pode parecer difícil, mas quando vocês derem uma segunda olhada, vão ver que realmente é.
Puxa, que animador!
Todo mundo ficou em silêncio na classe.
Nicholas (rindo): Brincadeirinha, pessoal. Vou mostrar pra vocês que química não tem nada de difícil.
Oh, puxa, um sarrista! Que bom, não é mesmo? Só ele riu...
Nicholas: E pra começar, quero que as duplas peguem esses ingredientes que estão na mesa e tentem descobrir o que são. A primeira dupla que identificar primeiro os três ingredientes, vai ganhar um ponto positivo na média.
Ah, mas é pra já!
Finalmente as férias na casa da minha avó valeram a pena!
Na estante empoeirada dela havia vários livros de química, que eram da minha mãe.
Vou tirar de letra essa tarefa.
De repente me deu uma vontade louca de bater a duplinha de trás.
Cristina: Ai, que legal, Debby, você tá conseguindo!
Só ouvia a Adriana me xingando um monte, aqueles insultos criativos de sempre: gorda, gorda e mais gorda, e a Renata quase chorando de aflição, pois elas também queriam ganhar.
O Doug e a Nessa pareciam mais perdidos do que máquina de escrever em lan house.
Ah, essa competição é minha e ninguém tasca!
Débora: Pronto, professor, acabei.
Nicholas: Puxa, mas que rápido! Vamos ver se está tudo certinho.
E não é que estava?
CHUPA ESSA, ADRIANA!
Adriana: A gorda ta se achando, olha lá.
Renata: Ah, pára com isso Dri...
Débora: Tá vendo, Cris, se estudasse mais, ao invés de ficar procurando formas de me insultar, tinha ganho o desafio. Mas fazer o quê, né, se prefere viver em função de me ferrar... Se dá mal mesmo.
Mas essa não era a maior preocupação da Adriana.
Perder pra mim naquele desafio ridículo de química não era a sua meta principal do dia.
Foi só começar o intervalo e a Adriana convocou uma reunião de emergência na biblioteca.
Claro que eu não fui convidada, mas infelizmente era caminho passar por lá.
Adriana: Ih, lá vem a balofa.
Débora: Olhaaaaa, você encontrou um sinônimo para a palavra gorda! Parabéns, viu? Continua tentando, que você chega lá.
Adriana: Pode falar o que você quiser, mas eu sei que quando você chega em casa você perde o sono chorando, sua balofa idiota. Se faz de forte aqui na frente dos outros, mas no fundo você fica toda tristinha quando eu xingo você.
Débora: Oooooh, será? Ou será que é você que fica preocupada se eu vou chorar ou não com as baboseiras que você fala? Acho que é você que perde o sono, pensando se me atingiu ou não, né bobinha?
Ah, eu tinha mais o que fazer do que ficar na guerrinha de nervos com a Adriana.
Enquanto me distanciava da balbúrdia, escutei sobre o que era a tal convocação: Adriana não se conforma com o novo código de conduta da escola e vai fazer de tudo para derrubá-lo. Primeiro ela vai tentar convencer todo mundo a assinar uma tal petição que ela vai escrever.
Como sempre, colocando os outros pra fazer o que ela não tem coragem de fazer sozinha...
Aí eu aproveitei pra sair mais cedo, assim pegava um lugar bom no ônibus.
Mas pro meu azar, saí junto com a Gláucia...
Gláucia: Débora, que bom que estamos só nós duas aqui no ônibus. Quero conversar com você. Senta aqui.
E eu achando que ia ter o ônibus só pra mim...
O que será que essa infeliz quer comigo agora?
Ai, por que esse dia não acaba logo?