Entre Amigas

Capítulo 38 - 3ª Temporada

Marcelo: Fala logo, meu, que acordo é esse?
Gláucia: Não é nada de mais. A Adriana é que tem a mania de distorcer tudo, só pra ver o circo pegar fogo.
Marcelo: Então conta logo! Que acordo é esse? Eu nem sabia que vocês eram amigas, que se falavam...
Gláucia: Prefiro conversar em particular com você depois.

Adriana: Ah, não! Pode contar em alto e bom som, porque eu tenho certeza que todo mundo aqui quer saber.
Débora: Bem que você gostaria, né?
Adriana: Mas é claaaaaaro que eu gostaria. Vamos lá, Gláucia, conte pra gente o acordo que você tem com a Debbinha queridinha.
Marcelo: Não é pelo que a Adriana está tramando, mas eu quero saber. E agora.
Gláucia: Bom... Faz algumas semanas eu procurei a Débora e falei pra ela que eu ainda gostava de você, mas achava que você ainda gostava dela. E achei que se ela continuasse por perto, que talvez a gente não teria uma chance. Então pedi a ela que se afastasse, pra que eu tentasse ficar com você novamente, sem a interferência dela, e do que você talvez ainda sentisse por ela. Mas, como eu suspeitava, você ainda gosta dela...
Adriana: Olhaaaaaa, e não é que a gordona tá mexendo com corações? Você é muito corajoso, Marcelo. E tem muito estômago!

Marcelo: ADRIANA, JÁ BASTA! Eu não aguento mais seus ataques infantis. Não é insultado todo mundo, que você vai conseguir o que quer. Muito pelo contrário! Você acha que coloca medo nas pessoas, mas na verdade você expõe seu ponto fraco. A verdade é que cada um aqui que você humilha, você tem medo. Você se sente ameaçada.
Adriana: Eeeeeeeuuuuuu?
Marcelo: É! Você mesma! Você não é capaz de ser amiga de ninguém, você não é capaz de nutrir nenhum sentimento bom por ninguém. Nem por você mesma! Então você não quer que ninguém também seja capaz de ter amizades sinceras e de nutrir sentimentos bons. Você acha que fazendo os outros infelizes, você será feliz. Só que você NUNCA será feliz, porque você não sabe o que é isso. Mesmo que você um dia seja capaz de sentir, não conseguirá reconhecer a felicidade, porque você é tão má, tão vazia, que confundirá esse sentimento bom com algo totalmente mesquinho e impuro.
Adriana: Ai, que viagem...
Marcelo (falando para Débora e Gláucia): E vocês duas... Que decepção!
Débora: Marcelo, calma, escuta só... A Gláucia não fez por mal. Eu confesso que não gostei do método, mas sabe... Ela gosta de você! Pelo menos ela foi sincera, foi conversar comigo. Não agiu pelas costas, como certas pessoas fariam...
Adriana: Ai ai, mais indiretas que não me atingem...
Marcelo: Mas, Debby, você não acha que...
Débora: Espera, deixa eu terminar. Ela não foi ameaçadora, nem brigamos. Ela expôs o sentimentos e foi sincera. Pediu que eu me afastasse. Eu disse que iria pensar. Só que aí veio aquele lance do desmaio, do hospital... Aí eu cheguei hoje e ia falar com ela sobre minha decisão. Só que não deu tempo, porque tive que cuidar de outras coisas antes. Aí a diretora nos colocou aqui, e aconteceu isso tudo. Não era pra ser assim. Por favor, acredite no que eu estou te dizendo.
Gláucia: É verdade. Eu pedi que ela me desse uma resposta. Assim que ela chegou na escola, pedi pra conversarmos, mas ela quis adiar.
Marcelo: E o que você ia dizer pra Gláucia?
Débora: Que a decisão não cabia à mim, nem à ela. Que se você ainda gostava de mim, que não ia adiantar eu me afastar. Que você teria que tomar essa decisão sozinho, sem a interferência de absolutamente ninguém.

Aí ficou aquele silêncio constrangedor na sala.

Adriana (rindo): Até parece!
Marcelo: Fica na sua, Adriana. Esse assunto não te diz respeito.
Adriana: Homem apaixonado é tudo igual mesmo, não enxerga um palmo adiante do nariz! Ela tá inventando isso agora, mas duvido que era isso mesmo que ela ia dizer pra Gláucia!
Marcelo: Olha, quer saber? Eu conheço a Debby melhor do que você. Aliás... Eu conheço a Debby, você não. Eu acredito nela.
Adriana: Ai, que trouxa! Você está falando isso da garota que fez o inferno no namoro de vocês por ciúmes do passado?
Débora: Mas eu mudei muito desde então. Aprendi, amadureci. Reconheci meus erros, o Marcelo sabe disso. Ao contrário de você, que mente e manipula os outros à torto e à direito, sem se importar com ninguém.
Adriana: Ah, eu manipulo, é? Então o que é que você está fazendo com esses dois? Você não gosta mais do Marcelo, está a fim do Diego, mas como sabe que o Marcelo ainda gosta de você, quer mantê-lo apaixonado, não quer liberar pra Gláucia. Por que? Ele vai ficar de estepe? Se não der certo com um, tem pra quem correr? Isso não é nada legal, sabia?

Marcelo: CHEGA DE DISTORCER AS COISAS, ADRIANA! Você já foi longe demais com as suas manipulações. Esta história não tem a ver com você. Eu, a Debby e a Gláucia vamos resolver isso depois. Agora pare com isso.
Débora: Como você pode ver, Adriana, nem todo mundo acredita nas coisas que você diz a meu respeito.
Adriana: Não se iluda. Ele só não consegue enxergar quem você é de verdade porque ainda gosta de você. Mas na primeira pisada de bola que você der, ele vai mudar de opinião e vai ver que eu tenho razão.
Débora: O Marcelo não é assim.
Adriana: Todo mundo é assim, Débora. Enquanto está tudo bem, enquanto só se escuta-se "sim" para tudo, é uma maravilha. Mas basta um grãozinho de areia sair do lugar, que a pessoa enxerga até o que não existe.

Douglas: Como quando você armou pra mim?
Adriana: Eu não armei nada pra você, queridinho. Não tenho culpa se você é gay e ficou dando mole na escola.
Cristina: VOCÊ É GAY? Mas você tava me chamando pra sair...
Diego: Você é gay e quer sair com a minha irmã?
Douglas: EU NÃO SOU GAY!
Adriana: Ah, é verdade, eu esqueci... Você está fazendo terapia pra se curar, não é mesmo?
Douglas: Quem te disse isso?
Adriana: Seu irmão contou pra bobinha da Renata, que contou pra mim, é claro. Sou bem relacionada, fofinho, sei de tudo o que acontece.
Douglas: Adriana, a troco do que você quer ficar sabendo sobre essas coisas?
Adriana: Para a minha própria proteção, ué. Se você tivesse os meios, garanto que faria o mesmo.
Douglas: A Débora estava certa sobre você o tempo todo! Foi você que espalhou aquela foto! E fez todo mundo acreditar que foi a Debby!
Adriana: E vocês caíram feito um patinho, né? Isso comprova a teoria que eu falei agora há pouco: bastou um grãozinho de areia fora do lugar, pra vocês enxergarem até o que não existia. Não importava se a Débora era sua amiga desde o tempo das fraldas. Você estava bravo com ela por ela ter me contado seu segredo. E nem se ligou se ela realmente seria capaz de tirar uma foto sua e mostrar pra escola inteira. Foi tão fácil fazer todo mundo acreditar em mim! As pessoas quando estão bravas ou com raiva acreditam em qualquer coisa.

Douglas: EU TE ODEIO, ADRIANA!
Adriana: Ai, que medinho! O que você vai fazer a respeito? Vai jogar purpurina em mim?

Eu me senti mal pelo Doug. Mas pelo menos agora tudo ficou esclarecido e finalmente a verdade veio à tona.
Ruim ter que concordar com a Adriana: as pessoas com raiva são facilmente manipuláveis. Esquecem todo o passado e só acreditam no que querem.
Horrível ver como ela conseguiu manipular meus amigos! Mas ao mesmo tempo acho que se eles fossem meus amigos, não teriam sido tão facilmente manipulados, por mais raiva que estivessem de mim.
De certa forma, se eles permitiram que aquele "grãozinho de areia" fosse colocado entre nós, sinal que a amizade não era assim tão forte e verdadeira como eu achava que era.
Nesse momento achei que fui muito mais amiga deles, do que eles foram de mim. E, talvez, a culpa de tudo isso ter acontecido foi deles mesmos, por permitirem que essa brecha se abrisse entre nós e nossa amizade.
Sendo assim, Doug teve o que mereceu? Não sei... Puxa, estou tão confusa!

Cristina: Débora, você sabia disso tudo e não me contou?

Ai, meu Deus, isso de novo, não!

Vanessa: Eu falei pra ela não contar, Cristina. Sabe, quando isso tudo aconteceu, eu estava namorando com o Doug. Fiquei com raiva da Debby por ela não ter me contado na época, mas quando ela me explicou que tinha pedido para que ele me contasse, pois se eu ouvisse por ela, não iria acreditar e aí seria pior, fiquei meio em dúvida. Mas hoje, diante do que está acontecendo agora, vejo que foi a decisão correta. É que na época, com o escândalo das fotos, aconteceu o que a Adriana falou: com raiva a gente vê até o que não existe. E eu não compreendi as intenções da Debby, mas eu posso te dizer que agora não foi diferente. Ela pediu pro Doug não te chamar pra sair. Ou que te contasse tudo isso que aconteceu no passado. Mas ele não quis. Eu ouvi a conversa e sei da angústia que a Debby estava para que você não passasse pela mesma coisa que passei. Agora entendo e imagino o que ela passou, quando eu a acusei de estar tentando roubar o Doug de mim, por tê-lo feito cortar relações com ela e tudo mais. Me desculpe, Debby! Eu fui infantil, vejo isso agora. E também muito injusta com você.

Pronto! Alma lavada!
Agora só preciso resolver essa questão entre eu, Marcelo e Gláucia.
Resolvemos conversar num cantinho, mas a conversa foi interrompida pelos gritos entre Adriana e Vanessa.

Adriana: MOSCA MORTA! Você é uma puxa saco, sabia Vanessa?
Vanessa: Puxa saco por que? Só porque eu pedi desculpas à Debby? Eu errei! Nada mais justo.
Adriana: Ai, mas que puxa sacoooo! Até ontem tinha raiva da garota, reclamava que a amizade nunca mais tinha sido a mesma, que não confiava nela e bla bla bla...
Vanessa: Mas agora eu vejo que tudo isso que aconteceu foi porque VOCÊ tentou destruir nossa amizade. Eu conheci a Debby muito antes de ter conhecido você. Não sei porquê te dei ouvidos, mas o importante é que de agora em diante você não me manipula mais.
Adriana: Ah, que trouxa! Uma vez mosca morta, sempre mosca morta! Você vai deixar de ser manipulada por mim, pra ser manipulada por ela.

Fiquei com dó da Vanessa. Minha vontade era interceder, mas achei que ela deveria aprender a se defender sozinha.

Vanessa: Ninguém me manipula mais, Adriana. Nem você, nem ninguém.

Adriana: Ai, cansei. Vocês cansaram a minha beleza. Não dá pra ficar discutindo com gentinha. No fundo no fundo vocês são todos uns trouxas. Acreditam em qualquer coisinha que qualquer pessoa disser. E assim vai se levando a vida. Um dia vocês acreditam em mim, no outro dia acreditam na Débora... Outro dia levantam da cama odiando o mundo, depois amam novamente... A verdade é que ninguém tem certeza de nada, ninguém sabe de nada, são todos um bando de confusos.

Gláucia: Ai, chega, Adriana. Sua voz irrita. Você achou que ia conseguir jogar todo mundo contra todo mundo, mas o que aconteceu é que todos se cansaram de você.
Adriana: Ai, minha filha, ninguém se cansa de mim!
Gláucia: Você vai ter uma bela vida. Sozinha.
Adriana: Isso é o que você acha! Eu ainda tenho uma carta na manga.

E quando eu achava que o pior já tinha passado, vem a Adriana e ma faz uma dessas:

Adriana: Fala agora que você não ficou com ciúmes, sua gorda idiota!

Continua...

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