Inferno no Colégio Interno
Capítulo 7
Por Meh Sz


Quando me tiraram da água eu estava inconsciente. Mas, graças às habilidades do treinador, recuperei os sentidos. Mesmo assim, ele achou melhor eu não continuar o treinamento, e me recomendou um pouco de repouso.
O que eu não imaginava é que, nesse pequeno período, Rick fosse me visitar.

“Oi. Imaginei que se sentiria melhor com uma companhia.”
“Rick? Você não deveria estar treinando?”
“Ahh, eu fugi...”

Mal pude me conter. Rick havia fugido só para se ver sozinho comigo?


“Ahh, Rick... Não precisava! Estou muito contente com sua presença, mas se o diretor souber que você está aqui!”
“Eu não me importo. Não se eu fizer valer a pena o tempo que estiver aqui...”

Senti que ele estava se aproximando, então me levantei. Nem eu compreendi minha reação, afinal, eu também queria, não queria?
Mas um grito no andar debaixo abafou todos os pensamentos e sentimentos.


Quem gritava era a professora Larissa, que estava de saída quando encontrou o corpo do pai no salão de entrada. O diretor Marcelo estava morto. Vários alunos vieram de encontro ao acontecido, mas eu era a única que estava horrorizada do mesmo modo que Larissa.
Todavia, meu horror era porque estava vendo mais do que um corpo estirado no chão. Eu via uma alma se elevar, eu via um ser vestido de preto pegar essa alma.
Eu estava vendo gente morta outra vez.


A inspetora Cátia cuidou para que o enterro e o velório fossem providenciados imediatamente, no quintal da escola mesmo. Os alunos estavam aturdidos, ninguém conseguia pensar em nada.
Os peritos afirmaram que a morte ocorreu naturalmente. Talvez os exercícios pesados apressaram os dias restantes do Sr Marcelo.


Reunidos frente ao seu túmulo, choramos. Não tanto pela dor de perdê-lo, mas pelo que seria daquela escola dali em diante. Apesar de tudo, Marcelo era um bom diretor. Ele podia ser rígido ao extremo, mas não era maligno, se fosse não seria tão tolerante com as regras.


Quem mais sofreu com a sua perda fora Larissa.

“Ah, mãe! Não acredito que o papai se foi! Ele parecia tão saudável!”

Choramingou ela. Era a primeira vez que eu lhe ouvia chamar os pais assim.


“Chega de choro, Larissa! Você precisa ser firme e forte! Afinal, você é nossa única filha, terá que tomar o posto da diretoria da escola! Precisamos manter esse colégio em ordem, e não podemos perder a tradição de passar a direção para o filho mais velho... As crianças precisam de você, a escola precisa de você!”


“Mãe... Me desculpa, mãe... Mas acho que não vou conseguir.”
“Como? Mas, Larissa, acho que você não entendeu: eu bem que gostaria de ter um filho homem neste momento, mas não tenho, você é nossa única opção. A vida inteira lhe preparamos para esta tarefa, e agora você vai desistir sem nem tentar?”
“Não, mãe... Eu ainda não estou preparada. Eu não imaginava que este dia chegaria tão cedo... Me perdoe, mãe... Não sei o que faremos...”


“Eu sei. Atenção, alunos! A partir de hoje, eu serei a nova diretora do colégio Florença!”

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