Capítulo XIV
Renato Augusto: Olha lá... Eles estão todos felizes, aproveitando a piscina, não estão nem aí para a dor que eu estou sentindo!
Gina:
Talvez você deveria tentar se chegar mais neles, conversar, não
ficar se fazendo de forte... Isso às vezes pode parecer arrogância,
mesmo que não seja.
Renato Augusto: Que? Você tá me chamando de
arrogante, é?
Gina: Não, não estou... Ai ai ai... Você
já bebêu além da conta, não está entendendo
nada do que eu tô falando!
Renato
Augusto: É eu bebi sim, e daí? Eu bebo pra esquecer
que a minha mãe matou meu pai e me abandonou, eu bebo pra esquecer
que eu matei a minha noiva, eu bebo pra esquecer que coloquei em risco a mulher
que mais amei em toda a minha vida!
Gina: E está conseguindo esquecer, Renato Augusto?
Renato Augusto: NÃO!
Gina:
Não gosto de te ver assim! Tudo bem, tivemos nossas desavenças,
mas acabar com a sua vida do jeito que você está fazendo não
vai resolver o problema!
Renato Augusto: Olha... Eu ouvi o que você falou para
o Michael, e sou grato por isso. Mas deixe que eu lide com isso sozinho.
Gina:
Você precisa de ajuda profissional, R.A.!
Renato Augusto: Não, não preciso... Eu bebo
porque eu quero. Eu decidi beber e posso parar de beber a hora que eu quiser.
Gina: Você sabe que com isso está enganando
apenas a você mesmo.
Renato
Augusto: Pura besteira isso!
Gina: Onde você vai?
Renato Augusto: Por aí...
Waleska:
A água tá ótema, você não vem?
Gina: Você viu o estado que ele saiu daqui?
Waleska:
Trançando as pernas...
Gina: Eu não sei mais o que fazer, Waleska, ele não
quer procurar ajuda profissional!
Waleska:
Ah, Gina, quer saber? Eu acho que a gente deveria despejar o Renato Augusto,
sabe?
Gina: Que horror, Waleska, não se chuta cachorro morto!
Waleska: Que cachorro o quê, cê tá louca?
Tô falando do Renato Augsuto...
Gina:
Ai, meu Deus, Waleska, tá certo que eu não sou lá muito
inteligente, mas se liga, minha filha!
Waleska: Ah, Gina, nada que vem do Renato me interessa. Só
acho que ele tinha que ir embora, porque hoje é bebida, amanhã
pode ser outro tipo de droga e vai ficando cada vez mais pesado. E se um dia
ele for violento?
Oswaldo:
Pô, muguerada, o que vocês tão fazendo aqui?
Peck: Éééééééé!
Vamos botando os biquininhos, que eu quero ver skins, muitas skins!
Waleska:
Ai, Peck, deixa de ser tarado, né? A Gina que tá me segurando
aqui, falando do mala do Renato Augusto...
Oswaldo: Ah, que assunto mais desagradável!
Gina:
Não adianta ficar fugindo, Oswaldo. A gente tem que lidar com isso!
Oswaldo: Ah, ah ah... Madre Gina de Calcutá!
Gina: Puts, Oswaldo, você tá irritante, sabia?
Oswaldo: Ah, você fica se fazendo de santa, Gina! Tenha
dó, né?
Gina: Meu, ou você honra essas calças que você
veste e toma uma atitude de homem com o Renato Augusto, ou eu te dar uma bela
cintada, Oswaldo, pra ver se você cresce!
Oswaldo: Credo, que hostilidade...
Peck:
Creeeeeeeeeeeeeeeeeedo! Minhas tatoos sairam todas na água!
Waleska: E elas sabem nadar?
Peck: Elas eram de henna... Eu sempre deu um jeito pra que
o pessoal nunca desconfiasse... A verdade é que eu tenho medo de agulha
e nunca tive coragem de fazer uma tatoo verdadeira! Que droga, agora vou ter
que fazer tudo de novo!
Waleska: Rena do Papai Noel?
Não perca o próximo capítulo de The O.Sim.!