Capítulo XXV - Especial de Natal 2005
Gina:
Nossa, Oswaldo, onde você tava? Você passou a noite fora?
Oswaldo: Tô estourando de dor de cabeça, Gina,
não me enche! Não consegui dormir depois da bomba que você
soltou. Fiquei zanzando pelo Campus a noite toda. Tá contente agora?
Gina: Ah, Oswaldinho, queridinho, deixa disso, vai! Olha
só: o pessoal já deve estar chegando pra passar o Natal aqui
com a gente. Vai tomar um banho e se arrumar, vai...
Oswaldo: MORRA O NATAL!
Gina:
Ah, não fala assim, vai! Olha só, você tá parado
debaixo do visgo, me dá um beijinho!
Oswaldo: Nem a pau!
Gina: Ah, ti guti guti você fica nervosinho... Só
um beijinho, vai?
Oswaldo: NÃO ENCHE, GINA!
Gina:
Ah, tá bom, então eu te dou um beijinho!
Oswaldo: CREDO! VOU TER QUE DESINFETAR MINHA BOCA AGORA!
Gina cai na gargalhada.
Peck entra correndo no Grêmio.
Peck:
MILAGEEEEEEEEEEE!!! MILAGREEEEEEEEEEEE!!! MILAGRE DE NATAL!
Gina: Credo, Peck, você é pesado! E tira essa
camiseta medonha, já te falei!
Peck: EU PASSEI! EU PASSEEEEEEEEEI!!! ACABEI A FACULDADEEEEEEEEE!!! EU TE AMO MINHA LOIRUDA POPOZUDA!!!!
Gina:
Ai, que bom, parabéns, Peck! Agora tira essa roupa cafonésima,
por favor!
Peck: Que nada, o Maurinho tá vindo ae, é em
homenagem a ele...
Gina: Ai, tá bom vai...
Peck: PASSEEEEEEEEEEEEEEI, NÃO ACREDITOOOOOOOOOOO!!!
Gina: Hey, mas espera aí! Isso significa que você
vai embora e eu ainda tenho mais dois anos aqui!
Waleska:
Oi, fofo! Que roupa é ssa? A festa no Teta anAlfa Beta já deve
tá começando, vamos lá!
Oswaldo: Sabe, Waleska, eu cansei dessas festas, cansei dessa
gente medíocre, cansei das suas burrices... Vai sozinha e me deixa
em paz!
Waleska:
Que estúpido, Oswaldinho! Se você não quer ir não
tem problema, mas o Greco vai estar lá e eu não me responsabilizo
pelos meus atos!!!
Oswaldo: Ah, faça o que você quiser! Dê
pra quem você quiser dar... Tô me lixando!
Waleska: Isso é jeito de falar comigo, Oswaldinho?
Oswaldo: Pára de me chamar assim, sua vagaba! Não
sou mais criança!
Waleska:
Eu nunca esperei isso de você, Oswaldo! Como você pode terminar
comigo bem no dia de Natal?
Oswaldo: Terminar o quê? Você mesmo falou que
era só curtição... Então não inventa, garota!
Agora sai e me deixa em paz!
Waleska: Insensível!
Waleska sai do quarto chorando.
Mauro:
Oh oh oh! Feliz Natal, Vampiresca!
Gina: Mauro, que suadades de você! Você tá
uma comédia com essa roupa de Papai Noel!
Mauro: Energias Polo-nórticas nessa roupa, Vampiresca,
muitas energias!
Sr. Astrolábio:
Gina, como você está linda, minha neta, sem toda aquela maquiagem...
Gina: Ai, vô é que não deu tempo de me
arrumar ainda...
Peck:
Mas que Creditação ao primata, heim Mauro?
Mauro: Ah, Peck, ao orifício circular corrugado, localizado
na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo
em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames
referentes ao direito individual de propriedade...
Peck: Sóóóóóóó...
Sr. Astrolábio:
O Peck e o Mauro já engataram naquelas conversas que ninguém
entende!
Gina: É verdade, vô!
Cleusa: E cadê a Mag, o Oswaldo, o Michael e a Waleska?
Kiki: Este lugar fede! Não sei o que vim fazer aqui!
Cleusa: Você veio se não ia ficar sozinha na
pousada, com os meus livros-caixa e isso eu jamais permitiria!
Gina: Ai, o que essa perua siliconada tá fazendo aqui,
heim?
Waleska passa pela sala chorando...
Waleska:
Bom Natal pra vocês, tchau!
Gina: Nossa, pera, o que é que tá acontecendo?
Onde você vai Waleska?
Oswaldo: Oi, pessoal, tudo bom?
Cleusa:
AI, MAG, QUE LINDA QUE VOCÊ TÁ!!! E ESSE ANEL? Cuida bem dela,
heim Michael?
Michael: Sim, pode deixar, prima...
Cleusa: Ai, você ainda não aprendeu que eu não
sou prima da Mag? Eu sou prima do Oswaldo!
Michael: Mas é como se fosse, né?
Magnólia: Ai que mercado de peixe tá parecendo
isso aqui!
Mauro:
Sinto energias difusas vindo do seu áureo ser, Peck.
Peck: Poxa, Maurinho, tô griladão... Tô
feliz por ter me formado, mas triste por ter que deixar a Vampiresca!
Mauro: Mas a Vampiresca pode fazer um curso de férias,
aumentar a grade horária e se formar no ano que vem.
Peck: Jura? Hum, um ano não é tanto assim pra
esperar...
Waleska:
Dá pra acreditar que ele terminou comigo justo hoje?
Magnólia: Ai, Waleska, eu sinto muito! A culpa é
toda minha!
Kiki: Mas sempre é, sua roceira!
Michael: Ae, quem chamou essa pavoa pra festa heim?
Kiki: Não é à toa que o meu filho se embebedava quando morava aqui: vocês são um porre!
Mauro:
Mas eu quero só ver se ele alongar as tíbias...
Peck: Por isso, não. Ontem mesmo ele tava derramando
água pelo chão através do tombamento violento e premeditado
de seu recipiente plástico. Mas daí eu falei pra ele não
aplicar a contravenção do Dr.. João, deficiente físico
de um dos membros superiores, que isso não colava...
Mauro: Sóóóóó!
Kiki: Ai, essa bebida é muito forte! Não entendo
nada que esses dois falam...
Michael: Sabe, Waleska, o Oswaldo é tão looser quando o Renato Augusto. Vai lá pro Teta anAlfa Beta e se divirta. Vocês não tinham nada sério mesmo...
Waleksa: Ah, mas é que eu gostava do meu Oswaldinho!
Gina:
Ai, eu não sabia desse lance dos cursos de verão! Acho que todos
nós deveríamos nos inscrever pra terminar antes essa joça!
Magnólia: Lá vem a Gina com as idéias
malucas dela...
Gina: Maluca nada! A possibilidade de sair 1 ano mais cedo
daqui vale qualquer esforço!
Magnólia: Mas não é só isso,
Gina. Além de fazer o curso nas férias a gente teria que assistir
aulas praticamente o dia todo!
Sr. Astrolábio: É verdade, minha neta, tem
esse outro lado também...
Gina: Não quero nem saber, vou me inscrever logo depois
do Natal, mas eu não vou deixar o Peck sozinho por 2 anos lá
do lado de fora da Universidade. Concorrência, meu bem, concorrência!
Cleusa: Já volto, vou falar com o Oswaldo.
Cleusa:
Mas a troco do que foi dispensar a menina justo hoje?
Oswaldo: Ai, Cleusa, não sei, eu não tô
conseguindo raciocinar direito...
Cleusa: Ela não tem culpa da Mag ter ficado noiva,
Oswaldo.
Oswaldo: Eu sei, eu sei...
Oswaldo:
Mas não consigo evitar, Cleusa. Pra mim foi a gota d'água isso.
Cleusa: E daí, o que você pretende fazer? Viver
o resto da sua vida enfiado nesse quarto?
Oswaldo: Pode ser!
Cleusa: Ai, que lindo isso, Oswaldo!
Oswaldo: Não sei, não sei, não sei e
não sei! Não quero pensar nisso nos próximos mil anos!
Gina:
Não, vô você não entende! Era só um rolo,
não era namoro sério...
Sr. Astrolábio: No meu tempo isso não existia.
Para namorar tinha que ter aliança, como esse lindo casal aqui.
Gina: Por isso que na sua época não tinha graça,
né?
Michael:
As minhas intenções são bem sérias, Sr. Astrolábio.
Magnólia: E, já que o meu pai faleceu, eu gostaria
que, quando eu e o Mi nos casarmos, o Sr. entrasse comigo na Igreja.
Sr. Astrolábio: Será um honra, Magnólia!
Kiki: Ai, que droga de festa! O que eu vim fazer aqui, cruzes! Essa gentinha com seus problemas infantis me enoja!!!
Cleusa:
E aí, o que você acha da minha sugestão?
Oswaldo: Ah, não sei, Cleusa! Não sei se eu
aguentaria viver longe dela.
Cleusa (rindo): Ah, então quando eles se casarem você
vai morar com eles, é?
Oswaldo:
Tá tá tá, já entendi, agora pára de tirar
sarro da minha cara, falou?
Cleusa: E ia ser bom também você fazer umas
aulinhas de controle da raiva com o Mauro... Agora vamos pra lá, tá
todo mundo se divertindo, vai...
Cleusa:
Credo, que é isso?
Kiki: Coisa de gentinha que gosta de se aglomerar no Natal...
Michael: É uma coreografia que o Peck e a Waleska
inventaram. Venham dançar também, é muito legal!
Mauro: Sabe que isso tá com uma energia muito boa,
simpatia? Vou entrar no meio!
Kiki:
Se um dia vocês contarem isso para alguém eu terei que matar
vocês!
Cleusa: Ah, pára de reclamar, Kiki, você tá
é adorando a dança!
Sr. Astrolábio: Ai, minha artrite!
Algum tempo depois...
Kiki:
É melhor sair logo essa gororoba, porque eu já tô ficando
zonza...
Gina: Também, com tanta birita!
Michael: Sabemos de quem o R.A. puxou esse lado alcoólico
da família...
Kiki: Ah, quem te perguntou garoto?
Mauro: Calma, criaturas, calma, se não vocês
estragam a energia do crepe!
Mauro:
Presta atenção, Peck Simpatia, o próximo é você
quem vai fazer!
Peck: Sequer considerar a possibilidade da fêmea bovina
expirar fortes contrações laringo-bucais!!!
Mauro:
E agora o toque final: a energia flambada!
Kiki: Aaaaaaaaaai, já me subiu uns calor aqui!
Peck:
Puxa, e não é que ficou bom mesmo?
Cleusa: Mas você não sabia? O Mauro é
um excelente cozinheiro!
Peck: Tô vendo!
Kiki:
Ai, quero ver depois a bronca que eu vou levar do meu personal gostosão,
quando eu tiver que malhar até pra perder todas essas calorias dessa
gororoba que você faz!
Sr. Astrolábio: Não seja por isso, Kiki, você
pode começar a perder as calorias lavando a louça.
Mauro: Ihihihihihih!
Magnólia:
E aí, até quando você vai ficar nessa birra?
Oswaldo: Até quando você vai ficar noiva daquele
palhaço?
Magnólia:
Ah, olha Oswaldo, quer saber? Eu cansei, tá?
Oswaldo: Cansou, é?
Magnólia: Cansei de tentar... Se você quer perder
até a minha amizade, que seja assim. Mas hoje é Natal e a nossa
família tá aqui. Se não por mim, faça por eles...
Oswaldo:
Pera, Mag! Me desculpa... Me dá só alguns minutos e eu já
vou pra lá.
Magnólia: Acho bom!
Gina:
Acho bom você começar a fazer o peru logo, Mauro, porque esse
crepe não deu nem pro cheiro!
Peck: Peru? O Mauro vai fazer o Peru???
Mauro: Isso, simpatia! Afaste essas energias de dúvida,
porque o Mauro aqui vai derrubar com intenções mortais agora!!!
Magnólia:
Ué, por que você tá aqui no quarto?
Michael: Ah, sei lá, pro Oswaldo poder ir interagir
com o pessoal. Eu acho que ele não ficou lá com todo mundo por
causa da minha presença.
Magnólia:
Eu fui lá falar com ele, e ele prometeu que iria fazer um esforço
pra não estragar o nosso Natal.
Michael: Bom, o meu ele não vai conseguir estragar.
Nada vai acabar com a felicidade que estou sentindo desde ontem!
Oswaldo:
Desculpem atrapalhar vocês.
Michael: Não, tudo bem, Oswaldo, pode falar.
Oswaldo:
Bom, Mag, você sabe que eu te amo, que você é o amor da
minha vida, e o Michael também sabe disso.
Magnólia: Ah, Oswaldo...
Oswaldo: Pera, Mag, deixa eu terminar!
Oswaldo: Você é muito importante pra mim e eu não quero perder a sua amizade. Me dói muito ver vocês juntos, não vou negar.
Oswaldo:
Eu achei que ainda tinha chance, mas como eu não tenho, resolvi tomar
algumas decisões que são muito importantes pra mim.
Magnólia: Que decisões?
Oswaldo: Na hora certa você vai saber.
Michael: Ai, que mistério...
Oswaldo: É que ainda não tá nada certo,
então só vou falar quando tiver certeza.
Oswaldo:
Mas eu queria me desculpar com você, Michael, e desejar de coração
que vocês sejam muito felizes.
Michael: Ae, valeu, cara!
Magnólia: Hum, isso tá fácil demais
pro meu gosto!
Mauro:
Ai, que trabalhão fazer comida pra toda essa gente!
Sr. Astrolábio: E o Peru?
Cleusa: É, cadê o Peru do Mauro?
Kiki: Ai, que coisa cafona!
Waleska:
Oi, pessoal. Nossa, que mesa bonita vocês armaram aqui.
Mauro: Chegou bem na hora, simpatia, o Peru tá quase
pronto!
Oswaldo: Guardei um lugar pra você aqui do meu lado,
Waleska.
Gina:
A festa tava boa, Waleska?
Waleksa: Tava, mas eu senti saudades de vocês...
Todos em coro: aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!
Kiki: Ai, coisa mais brega!
Magnólia:
Ai, que cheiro bom, Maurinhoooooo!!!
Cleusa: Ai, pode deixar essa bandeija aqui que eu vou comer
TUDOOOOOOO!!!
Mauro: Calma, simpatia, tem pra todo mundo...
Oswaldo:
Me desculpa, Waleska, eu fui grosso, infantil, um verdadeiro idiota com você.
Waleska: Ai, Oswaldinho, você é tão fofo!
O "Peru
do Mauro" devia realmente ter uma energia incrível!
Assim que o pessoal começou a comer, todos entraram realmente no clima
do Natal.
Riam...
Se divertiam...
Contavam histórias engraçadas...
Cantavam...
Kiki esqueceu-se de toda a sua impáfia e esnobismo...
Cleusa esqueceu-se das responsabilidades, de ser a chefe, de ser mandona...
Sr. Astrolábio esqueceu-se da sua idade, de que todos os dias ele acordava
pensando se seria o último da sua vida...
Peck esqueceu-se da alergia aos livros, que no próximo ano ele não
mais estará com a Gina.
Gina, por sua vez, esqueceu-se que teria um ano árduo pela frente,
que teria que estudar muito para se formar logo e poder estar junto do Peck.
Waleska esqueceu-se das grosserias que Oswaldo tinha feito a algumas horas,
e estava feliz apenas por estar ali ao lado dele.
Michael esqueceu-se de todo o nervosismo que havia passado nas últimas
24 horas, receioso que Magnólia rejeitasse seu pedido de noivado.
Magnólia esqueceu-se dos problemas com o Renato Augusto, dos problemas
com o Oswaldo...
Mas principalmente
Oswaldo esqueceu-se que agora ele tinha decidido tomar um novo rumo na sua
vida. Que a única mulher que ele amou verdadeiramente agora não
estava mais ao seu alcance.
Ele sabia que não poderia viver sem ela, mas que também não
conseguiria viver sabendo que ela será para sempre de outro homem.
Oswaldo se esqueceu...
Se esqueceu que teria que contar aos seus amigos que ele decidiu deixar
o Grêmio e terminar a Universidade em outro País.
E Mauro, sabendo de toda essa energia que estava rolando naquele momento, apenas ficou olhando de longe, admirando a missão que ele acabara de cumprir.
Os relógios
começaram a disparar.
Era meia-noite.
Cleusa:
Mag, já é Natal! Faça um pedido!
Magnólia: Eu desejo, do fundo do meu coração,
que onde quer que o Renato Augusto esteja, que ele esteja tão feliz
quanto nós todos aqui!
Enquanto isso, em algum lugar da Europa...
Renato Augusto: Merda de vida! Foda-se o Natal!
Renato Augusto: Fodam-se todos os traíras! Morram todos!
Renato Augusto: Que eles se empanturrem, que se embebedem!
Renato Augusto: Morram todos!
As lágrimas
corriam a face de Renato Augusto, sem que ele tivesse nenhum tipo de controle.
Ele estava bêbado, muito bêbado.
Estava com fome.
Com medo.
Sozinho...
Começou a sentir um sono pesado...
Resolveu deitar-se num banco que havia por ali.
Era apenas mais um banco.
Mais um de tantos onde ele estava dormindo desde que deixou o Grêmio.
Dá
dá dá.
Lá lá lááááááááá!
Renato Augusto: Cala a boca, criança chata, me deixa dormir!
DÁ DÁ DÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!
Renato Augusto: DROGA! CALA A BOCA, GAROTA!
A criança senta no chão e começa a rir.
Renato Augusto: Que ódio! Quem será a mãe dessa maldita criança que não me deixa dormir!!!
Amandinha! A mamãe já falou pra você não sair pela porta de casa, né filha?
Tem muita gente má na rua, Amandinha, não pode sair!
Não, não adianta se sentar... Você vai vir com a mamãe agora!
Mas...
Meu Deus!
Não pode ser!
Renato Augusto?
Abigail:
Vem, amandinha!
Renato Augusto: SAI DA MINHA CABEÇA, ABI, VOCÊ
MORREEEEEEU!
Como isso pôde acontecer? De todos os lugares deste mundo, como você pode aparecer justo aqui?
Renato Augusto: Ressaca maldita! As vozes voltaram!
Abigail:
Renato Augusto!
Renato Augusto: CALEM-SE VOZES NA MINHA CABEÇA! VOCÊS
VÃO ME MATAR!!!!
Renato
Augusto: Abi?
Abigail: Uhum.
Renato
Augusto: Meu Deus, eu morri! Finalmente eu morri!
Abigail: Não, você não morreu.
Renato Augusto: Droga, então é mais um sonho...
Abigail: Não, não é.
Renato
Augusto: Abi?
Abigail: Sim, sou eu!
Renato Augusto: Essa criança? Essa criança?
Ela é ruiva!
Renato
Augusto: É minha filha, Abi?
Abigail: Vem, Rê, você tá zonzo, tá
num estado deplorável. Toma um banho e depois a gente conversa.
Renato
Augusto: Nossa, que casa bonita, Abi.
Abigail: É onde eu morava antes de te conhecer.
Renato Augusto
entrou no banheiro e ficou olhando todas as "coisinhas" da Abi.
"Abi e suas coisinhas" - ele pensou.
Pensou em cada vez que ela usou aquele batom que ele tanto adorava, em cada
vez que ela tomou banho com aquele sabonete que deixava a pele dela tão
linda e macia, cheirosa, que ele adorava acariciar...
Pensou em quanto ele havia perdido... Perdido a barriga crescendo... O parto...
O primeiro banho...
Mas ela estava viva! E agora ele era um pai! Pai? Ai, que saudades ele sentia
do pai... Mas agora ele poderia ser para a sua própria filha o pai
que ele nunca teve.
Abigail (chorando): Ai, Amandinha! Você sabe quem é ele? Ele é o sei papai! Eu não acredito que isso tá acontecendo!
Renato
Augusto: Por que, Abi?
Abigail: Porque eu estava grávida... Porque vi que
você ainda a amava.
Renato Augusto: Nunca!
Renato
Augusto: Não foi justo, Abi!
Abigail: Eu sei! Mas eu fiquei com raiva! Joguei aquela pedra
que você usou pra quebrar a janela na outra janela e saí correndo!
Deixei a aliança no chão...
Renato Augusto: Você tem idéia do remorço
que eu senti?
Abigail:
Não foi fácil pra mim também, Rê... Meu pai me
deserdou quando soube que eu estava grávida, do que eu fiz. Eu vim
pra cá sem praticamente nenhum centavo. Trabalho pra manter a Amandinha
e tento terminar a faculdade, estudando de noite.
Renato Augusto: Você não precisava ter passado
por tudo isso sozinha...
Renato Augusto pega um anel que levava consigo no bolso e coloca no dedo de Abigail e coloca outro em seu dedo, como um símbolo que naquele momento estava selando o reencontro e a união dos dois.
Renato
Augusto: Mas eu não quero falar sobre isso, eu quero esquecer,
esquecer esquecer... Eu quero te abraçar, quero ficar junto de você!
Quero estar junto da Amandinha!
Abigail: Então você me perdoa, Rê?
Renato Augusto: Eu é que te peço perdão!
Renato Augusto: Um Ajno nos abençoou hoje, Abi. Nós
somos uma família agora!
Abigail: Eu te amo, Renato Augusto!
Renato Augusto: Eu também te amo, Abi!
Renato
Augusto: E você é o meu tesouro!
Amandinha: Pá pá!
Renato Augusto (extremamente emocionado): É isso mesmo, eu sou o seu papai!
Renato Augusto: Dorme, meu anjo, dorme. Eu vou estar sempre aqui pra você.
Renato Augusto: Eu nunca imaginei que um dia eu seria tão feliz!
Renato Augusto: Agora sim minha vida está completa!
Desejo
a todos vocês, fãs da série The O.Sim. e LoUcOs por The
Sims, um Natal maravilhoso, cercado de amigos, de alegria, de festa.
Lembrem-se que não existe nenhum obstáculo na vida que não
possa ser superado.
Basta existir amor.
Não perca o próximo capítulo de The O.Sim.!